Todos tomamos decisões o tempo todo, algumas significativas e outras comuns. Algumas são simples e outras complicadas, mas, independentemente do tipo de decisão que devemos tomar, sempre seremos beneficiados com a transferência de nossas habilidades de pensamento para alcançar uma tomada de decisão fundamentada.
TODAS as situações requerem abordagens críticas se queremos manter os problemas resolvidos e evitar arrependimentos futuros ou tardios.
Uma mente treinada se torna uma mente ordenada que nos ajuda a contextualizar nosso pensamento em um ambiente global de natureza complexa.
O pensamento crítico atua como um catalisador e filtro, o que nos permite acomodar nossos modos de pensar, conhecimento e conexões de maneira frutífera.
Alguns conselhos e boas práticas para desenvolver as habilidades de ter um pensamento crítico, alinhado a uma comunicação assertiva que levará a decisões fundamentadas:
Você se sentirá mais livre e confiante para interagir em assuntos difíceis neste mundo, ao apreciar melhor o desenvolvimento de suas habilidades de pensamento, pela fertilidade que elas lhe proporcionam para lidar com situações futuras e desconhecidas.
Reflita e pergunte-se, por que o pensamento crítico é tão importante? Algumas das razões para ser um fator determinante de relacionamentos, desenvolvimento social e profissional descritos abaixo:
Devemos ser pensadores críticos em todas as circunstâncias de nossas vidas, para que possamos adquirir conhecimento, experiência prática, autotransformação e a liberdade interior, atos que nos levarão a decisões efetivas.
E qual é a natureza de nossas decisões?
A natureza dos problemas e nossas escolhas nos levam a diferentes tipos de análise, de acordo com as seguintes categorias:
Empreendimento: Decisões que envolvem mudanças e buscam novas oportunidades que impactarão o futuro da organização ou de nossas vidas.
Gestão de crises: Decisões para ajustar ou controlar coisas que ficaram fora de controle, devido a conflitos internos, mudanças nas condições que afetam os grupos ou uma perda inesperada de recursos.
Alocação de recursos: Decisões que requerem julgamentos ou critérios para alocar recursos para as tarefas mais significativas que impactarão a organização.
Negociações: Decisões para alcançar acordos entre partes em conflito. É necessário encontrar uma solução acima da “soma zero”.
Dilemas morais: A vida nos colocou em situações de valores conflitantes difíceis escolhas éticas.
Devemos garantir não apenas que estamos fazendo as coisas que devem ser feitas, mas também que as fazemos bem. Isso nos ajudará a corrigir nossos hábitos e refinar nossos pensamentos, o que nos levará a uma tomada de decisão alinhada ao caso em concreto.
Desenvolver um processo que garanta a qualidade de nossa maneira de pensar, aplicando o que é conhecido como padrões intelectuais de pensamento crítico é necessário para conquistar o padrão intelectual descrito a seguir:
Esteja você tomando decisões ou resolvendo alguns problemas, esses padrões de qualidade melhorarão o processo e lhe darão tranquilidade, o que só ocorre quando se pensa duas vezes. Os padrões intelectuais recomendados são os seguintes:
Clareza: Estamos gastando para esclarecer nossos conceitos? Nossas descrições estão livres de confusão? Pedimos esclarecimentos quando não entendemos? Esclarecemos as coisas através de exemplos?
Precisão: Estamos sendo precisos? Estamos dando detalhes suficientes? Estamos dando descrições em quantidades precisas ou apenas dados vagos?
Veracidade: O que estamos dizendo é verdade? Como podemos verificar ou provar os fatos? Estamos livres de preconceitos e erros?
Relevância: Estamos eliminando postulados irrelevantes? As informações que usamos estão relacionadas ao que estamos tratando? Como essas informações contribuem para a solução do problema?
Profundidade: O nível de informação é consistente com o nível de complexidade do nosso problema? Estamos olhando abaixo da superfície ou estamos sendo triviais?
Alcance: Estamos em uma perspectiva apropriada? Devemos levar em conta outros pontos de vista? Existe alguma posição fresca sobre o assunto que possa ser útil?
Lógica: Nossas inferências são boas e apropriadas? Podemos aspirar a conclusões com essas evidências? A lógica flui ou está sendo forçada? Estamos livres de falácias de pensamento?
Significância: Os fatos e vivências são os mais importantes? Quais aspectos contribuem melhor? Estamos nos concentrando nas principais questões?
Imparcialidade: Estamos sendo justos? Honesto? Nossa posição é justificada? Estou usando os conceitos para manipular a favor da minha causa? Estou dando o mesmo espaço aos pensamentos dos outros? Pode revisar esses conceitos pessoalmente perguntando quais seriam seus opostos.
A intenção de aplicar padrões de qualidade aos vários elementos descritos acima é garantir que pensemos em como fazemos as coisas. Devemos ter certeza de fazer as coisas que devem ser feitas, mas também fazê-las bem.
Assim, devemos nos tornar pensadores autônomos e reflexivos, mudando os hábitos de pensar quando acessamos vários modos de pensamento, desenvolvendo nossas habilidades críticas para decisões mais acertadas:
Para desenvolver um plano de melhoria, podemos seguir a lista dos dez, que podem ser executados na ordem que melhor convir, tendo em mente que a acumulação quantitativa produz um salto de qualidade:
- Faça uma autoavaliação da maneira como você pensa;
- Aumente seu vocabulário e idioma crítico revisando glossários disponíveis na web;
- Aprenda e pratique o uso de ferramentas gráficas, como mapas mentais, para organizar seus pensamentos e desenvolver novas formas de conexão;
- Investigue a relação entre os seguintes termos: cognição, pensamentos, raciocínio, compreensão, conhecimento, holística, entendimento, julgamento, intuição e sabedoria;
- Leia um poema por dia. Ouça palavras de poder;
- Descreva seu aprendizado sobre os diferentes modos de pensamento;
- Leia histórias e livros que goste;
- Pratique ler, escrever, ouvir e falar criticamente, de preferência ao vivo;
- Escute os outros;
- Faça sua própria lista de dez.
Matéria escrita pelo advogado Allan Marcel Paisani.
