De acordo com o censo do IBGE 2022, hoje, 90% das empresas no Brasil são de caráter familiar.
O Banco Mundial realizou um estudo bastante que trouxe dados preocupantes: apenas 30% das empresas chegam até a terceira geração e apenas metade delas, ou seja, 15%, sobrevivem a ela.
O que seria o grande “vilão”, para que tantos anos de esforço, trabalho e investimento sejam perdidos?
É um conjunto de eventos que ocorre entre a família, que acaba respingando na pessoa jurídica, entre esses eventos:
- Apego ao poder;
- Papeis não definidos e organizados dentro da sociedade empresarial e da família;
- E o principal, a falta de planejamento sucessório.
O apego ao poder, é marcado pela alta centralização de decisão entre o seio familiar, que por muitas das vezes tem forte influência pelos valores pessoais, o que é um problema, pois assuntos familiares e empresariais, não devem ser misturados, devendo ser tratados cada um em seu âmbito.
Os papeis não definidos, é que cada sócio muitas das vezes tem liberdade de fazer qualquer ação dentro da empresa, podendo tomar frente de qualquer setor, decisão e assunto, e isso acaba interferindo na esfera de outro.
Deve ser observada a habilidade de cada um para fazer as delegações devidas, para que se tenha melhor aproveitamento, e haja de fato crescimento na empresa de forma harmônica e saudável.
Se não houver pacificação entre os sócios, a respeito de definir papeis e cargos, o aconselhável é ter um profissional, um administrador do mercado, que muitas vezes tem muita bagagem e consegue fazer uma aplicação e uma gestão favorável ao negócio.
Por fim, o planejamento sucessório se faz muito importante, pois na falta de um dos sócios, haverá um direcionamento correto de como se dará a continuidade da empresa a partir daquele momento, de forma organizada, diminuindo então as chances de extinção da empresa e legado construídos pelos patriarcas da família.
Matéria elaborada por Beatriz Striquer Arruda.