Tempos de pandemia e a Governança Corporativa
A importância de uma responsável Governança Corporativa já foi objeto de exposição em post anterior, entretanto, importante se faz analisar e refletir sua aplicabilidade e desafios em período de pandemia.
O cenário mundial atual nos mostra a dificuldade que muitas empresas vêm passando devido à pandemia COVID-19. O que antes era visto como uma “opção”, hoje se mostra indispensável nas organizações: ressignificância. Isso se aplica em empresas de todos os portes e segmentos.
A baixa capacidade de empresas em gerenciar riscos de suas operações, a dificuldade que gestores têm em aceitar e adaptar mudanças em suas atividades, bem como na de seus funcionários, são exemplos de situações que devem diminuir, e muito, durante e pós-pandemia.
Que o mundo está mudando, é fato, e duas palavras nos remetem ao conseguinte cenário atual: inovação e tecnologia. Dentre essas adaptações, podemos citar duas práticas que cada vez mais ganham espaço e refletem nitidamente essas mudanças: e-commerce e home office
Contudo, ainda que seja de extrema importância inovar, não se pode esquecer que sem uma governança alinhada e responsável, todo o trabalho se mostrará mais árduo e difícil. Uma governança anêmica atinge diretamente a cultura de responsabilidade e a visão estratégica da empresa, colocando em risco todo um trabalho que, muitas vezes, já está sendo desempenhado.
A falta de diretrizes estabelecidas faz com que os valores e objetivos anteriormente delineados pela companhia, sejam afetados e repercutam não apenas financeira, mas juridicamente, além de afetar diretamente sua reputação.
Ainda, alinhando um dos pilares da governança corporativa, temos a responsabilidade social da empresa, a qual ganhou maior magnitude durante a COVID-19. O que isso quer dizer? Que a maneira como a empresa demonstra seu compromisso para com a sociedade está sendo observado cada vez mais, sejam pelos consumidores, funcionários, investidores etc.
Outro ponto importante nesse sentido é em como a empresa incorporará essas ações sociais em sua rotina, não sendo pertinente apenas utilizar como método de marketing ou publicidade da companhia, mas sim por meio da criação de politicas e promoção de boas práticas, sendo incorporadas no gene da organização.
As consequências para uma governança corporativa são inúmeras: prevenção de conflito de interesse, propósito e transparência à gestão, melhoria da imagem da empresa e marca, descentralização de tomada de decisão, dentre outros.
Fato é que, a maneira como as empresas atuarão em época de pandemia afetará diretamente em sua imagem/reputação. Por esse motivo é que se mostra imprescindível que a promoção de responsabilidade social, tanto fora quanto dentro da empresa, bem como a governança, sejam tidas como uma de suas prioridades, pois certamente serão levados em consideração pelos consumidores na hora de comprar e pelos investidores no momento de decidir onde aplicarão o seu dinheiro.
Conteúdo elaborado pela colaboradora Ketlyn Silva – OAB/PR 96.866.